segunda-feira, 6 de maio de 2013

Devo aprender à amar



Vivo constantemente em conflito, conflito com o ontem, com os erros, com os acertos, nada de arrependimentos, pois isso não nos traz o que foi uma vez perdido.
Apenas busco inspirações que por mim, mais de uma vez foram roubadas e resgatadas cada vez mais surradas, maltratadas e sem esperanças para um novo amanhã.  A cada apunhalada que meu coração sofria ele se fechava mais e mais para o mundo à fora, não que eu seja um pobre coitado, ao contrário, parte disso é culpa minha. Imaturidade? Talvez.
Me apaixonava por quem não me amava, e quem me amava não se expressava, ou simplesmente desistia, sou mais que uma pessoa qualquer (é cliché), tenho um ego gigantesco, já o controlei bastante, sou autoritário (e quem não é?), por vários momentos tentaram chegar ao meu coração, alguém conseguiu? Sim, alguns, mas a vida não é boa, ela nos ensina a viver, se um dia você quis meu coração, simplesmente me faz de palhaço, o ego infla novamente e meu peito vira um iceberg, não é culpa sua, só me deixei levar.
Devo aprender à amar.

domingo, 3 de junho de 2012

Luzes e virtudes

Quando lhe roubam a alegria, é hora de buscar uma nova razão de se viver.
Já me tiraram a inoscência, a transparência, me fizeram um lobo, só não podem me tirar a virtude.


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E que venham os males me afrontar, os injustos apontar, e os demonios desafiar.
Não vou desistir.
Meu sangue é fogo, meu tórax é de aço, meu cérebro uma máquina e meu coração um diamante.
Na querra dos sete anos serei desbravador, anjos cairão, estrelas vão se apagar, e o marrom dominará.
Mesmo com a queda de muitos, poucos serão capazes de dissolver a semente maligna que aqui viverá. Mas a verdade não falha, vencerá, mesmo quando for impossível.
A luz reinará.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

C’est l’amour?



From a simple smile,
My day became a shining light.
Feels like there’s fire in my eyes.
I feel a fever, when I’m close to you and the words disappear.
I’ll just stay here watching your mythological beauty.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

D.R.

Não me digas que a vida está difícil
Diga apenas que não luta.
Não luta para ser alguém.
Alguém melhor,
Alguém mais justo,
Alguém maduro,
Melhor do que pode ser.


Ninguém exige nada, 
Pois não se importam com você.
De que adianta pedir integridade à alguém sem personalidade e caráter?

sábado, 21 de abril de 2012

Quatro estados de espírito


E quando chega o verão, algo soa vazio. Algo inodoro, invisível, inimaginável, não sei identificar, mas me alimenta de uma falsa ilusão de que amanhã virá o outono e uma brisa matutina refrescante irá reascender minha brasa que se encontra escondida.
A paisagem em tom alaranjado com todos aqueles galhos retorcidos me dá inspiração,  quero mergulhar em uma imensidão onde não haja insegurança, quero provar do néctar proibido, quero saber o que é ser um Deus.
 No inverno, o cinza e o branco limpam os cenários transformando-os em um amplo deserto. Esse, porém, um deserto ecoado, tal como um longo corredor vazio. Você se sente só, mas sua mente flama em brasa exuberante, ao deitar-se num chão de estrelas caídas vem o doce e longo sono da hibernação, frutas vermelhas, as ultimas da estação, satisfazem a gula que nos atormenta dia-a-dia. Hora de repousar a mente...

Uma nova etapa começa ao abrir das flores multicoloridas, ao cair das pétalas de rosa vermelha no chão úmido e ao raiar da mãe natureza à espalhar os gametas que farão dos próximos meses, tempo de vida ... é Primavera.

Victor Valle

domingo, 11 de março de 2012

A apneia e os portões eternos

Momentos de solidão me trazem um amargo sabor que vem do estômago, seca minha garganta, isola meus pulmões...

Em um fascinante entardecer vejo clarões em tons alaranjados, avermelhados e amarelos, não creio em final feliz, creio em longevidade.
Tudo que vem do bom dura menos, porém aquilo que é mais sofrido tem sabor de amora silvestre colhida em mata verde irradiante... A acidez de suas palavras me corta a respiração rasgando em mil partes minha alma, rezo para que algum dia você possa ser perdoado de todas as farsas e injúrias cometidas à aqueles que lhe entregaram o coração, vejo passistas... Dois pra lá e dois pra cá, é a valsa fúnebre que me acompanha desde aquela manhã nebulosa, sobre o velho carvalho, onde um ato ilícito fora cometido contra minha reputação, meu ego declarou guerra ao seu desdém, flores foram partidas, porcelanas lançadas ao vento, a seda rasgada junto aos lençóis egípcios jamais terão o mesmo prestígio... Choram as rosas, as tulipas, os lírios e os cravos, houve amor assassinado!

Tardes vazias, noites sem fim, dias de glória que não voltam mais, a apnéia me faz mergulhar em um mundo de fontes ancestrais, de pasto virgem. Sinto-me como no paraíso.

Roleta Russa


E nesse tango certeiro,

Bailamos diante a morte,

Gozando de luxúria, sedução e poder...
.
Oh roda da morte que puxa o gatilho,

Acerte-me na alma

e deixe-a na porta de qualquer paraíso perdido.

Victor Valle